A explicação para a saída repentina e brusca da jornalista Christiane Pelajo da bancada do Jornal da Globo após 10 anos e 5 meses foi essa abaixo, do chefe do jornalismo global, Ali Kamel:
"Depois de dez anos na bancada do Jornal da Globo, ao lado de William Waack, Christiane Pelajo vinha solicitando mudança de horário por razões pessoais e compreensíveis. Combinamos que isso aconteceria quando surgisse um novo projeto. Esse novo projeto surgiu.
Ontem, conversamos, e decidimos que ela se dedicará desde já a ele, que será anunciado em breve. Por esse motivo, deixa desde já a bancada do JG. Antes, porém, Chris terminará uma série do JG a que está dedicada há alguns meses. Nesses dez anos, Chris demonstrou todo o seu talento dividindo a bancada com Waack: fez grandes coberturas nacionais e internacionais, séries de reportagem de fôlego e ajudou o JG a ter a reputação que tem. No novo projeto, terá certamente o mesmo desempenho.
A partir de hoje, William Waack passa a ser o único condutor do Jornal da Globo, e fará, graças ao seu brilhantismo e capacidade de análise, o telejornal cumprir ainda mais profundamente a sua missão: contextualizar e explicar as notícias do dia, situando o leitor diante delas, sem deixar de dar todos os acontecimentos da noite.
Juntamente com Jorge Sacramento e toda a equipe, ajudará a implementar mudanças de formato, linguagem e conteúdo, com o mesmo objetivo que citei há pouco. Tudo será feito de forma paulatina e sutil. Por isso, não se pode falar num novo JG e, consequentemente, não haverá sequer data de estreia. Waack é o profissional talhado para um noticioso como o JG. Brilhará, como brilhou até aqui.
A todos boa sorte".
Acontece que na véspera Christiane Pelajo se despediu com um "Boa noite e até amanhã!". Nos últimos tempos virou norma na emissora, de quando algum âncora tira férias, ou está saindo do telejornal para se dedicar a um outro projeto, como aconteceu com Fátima Bernardes, Patrícia Poeta, Zeca Camargo e Tiago Leifert, eles explicam a transição e se despedem do público, e a própria edição do jornalístico mostra a contribuição do profissional no período para o jornal do qual fizeram parte da equipe. Quebraram o protocolo com a Chris. Ficou feio. Deu-se a impressão, de que não foi uma saída amistosa, correta. E os boatos, de que ela não estaria se relacionando bem profissionalmente com o editor-chefe Jorge Sacramento ou o colega de bancada William Waack ganharam força.
Pelajo não atendeu as ligações da coluna do jornalista Flávio Ricco. Na sua rede social de compartilhamento de imagens, postou fotos de antigos trabalhos na Globonews, elogiou sua ex-editora chefe, e dois ex-colegas de bancada Chico Pinheiro e Sidney Rezende, como também momentos de descontração com o marido e amigos em praia. Pressupõe-se uma indireta no caso das fotos e legendas do Instagram com os antigos colegas em comparação com os atuais com quem ela conviveu por muito tempo.
A Globo errou bastante em não a deixar se despedir publicamente do JG. Christiane Pelajo substituiu à altura Ana Paula Padrão, que antes era a queridinha do telejornal. Mostrou postura, talento e versatilidade, participando de várias coberturas nacionais importantes fora do estúdio, assim como em plantões de última hora exibidos nos primeiros intervalos das novelas das 9. Diferente de Ana Paula, era muito simpática e querida pelo público e pelos próprios colegas, a audiência, especialmente a masculina, era encantada com sua beleza e seus decotes.
Interessante, que as saídas de âncoras do Jornal da Globo parecem seguir o mesmo processo, o que com o passar dos anos gera um efeito dominó. No início e por bom período todas contam com naturalidade e até satisfeitas a rotina de trabalharem num horário difícil que adentra a madrugada, e geralmente não tem hora fixa para começar e terminar, depois se desligam abruptamente do noticiário de fim de noite, surpreendendo a todos. Foi assim com Lilian White Fibe, Ana Paula Padrão e agora com a Christiane Pelajo.
O nome dela já não parece nos créditos do site oficial do JG.
Basta saber qual será esse novo projeto, quando e se realmente ela vai voltar na Globo, na Globonews ou em outro canal. A verdade demora, mas sempre aparece. A Christiane Pelajo estreou com a Globonews em 1996 e merece mais espaço. É uma profissional de credibilidade e muito carismática. O William Waack é cultíssimo, crítico. Gosto dele, de suas análises, mais que certas, de seu texto coerente e direto, mas o jornal ficará um pouco vazio sem a linda, elegante e querida presença da Chris. Como disse o Ali Kamel: " Boa sorte a todos!". A nós resta apenas lamentar a falta dela no vídeo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário