Dercy Gonçalves, Cláudio Corrêa e Castro e Eduardo Martini no 'céu' da novela "Deus nos Acuda" Foto: Memória Globo |
Por Redação 'Da Tevê'
Sílvio de Abrêu é o diretor de dramaturgia diária da Globo. É ele quem aprova ou reprova as sinopses de novelas, seriados e minisséries dos autores que criam trabalhos para ir ao ar. Mas, bem antes disso ele assinou várias novelas no plim-plim como Guerra dos Sexos, Cambalacho, Sassaricando, Rainha da Sucata, A Próxima Vítima, Belíssima e outras como 'Deus nos Acuda' de 1992, que tinha como pano de fundo a corrupção no Brasil, assunto que continua tão atual e com mais força ainda diante os escândalos políticos recentes.
Na trama das 7, havia um céu fictício comandado por Celestina, interpretada pela saudosa e cômica Dercy Gonçalves e pelo Anjo Gabriel o também já falecido e querido Cláudio Corrêa e Castro. Eles tinham a missão de tornar um cidadão brasileiro, em uma figura honesta e trabalhadora. A escolhida foi Maria Escandalosa (Claudia Raia), filha de trambiqueiros do porto de Santos que se envolveu com o filho de um milionário (Edson Celulari).
Reprodução/Youtube/Globo |
Além de uma história interessante, a abertura foi um show a parte, uma produção bastante original e ousada. O mote era o seguinte: convidados em uma festa iam se afogando pouco a pouco num mar de lama até desaparecerem. No final, o mapa do Brasil afundava nessa avalanche de sujeira, na voz de Gal Costa entoando a trilha "Canta Brasil".
Naquela época, o país era governado pelo PMDB, hoje e há 12 anos pelo PT.
Se a a abertura fosse recriada para os dias de hoje, o mar não seria de lama, seria um mar de petróleo.
Confira o trabalho do genial Hans Donner e equipe:
Nenhum comentário:
Postar um comentário